A estrela Senna
Vou me embora,
Eu aqui volto mais não
Vou morar no infinito
Vou virar constelação” …
Quando a Escola de Samba Portela entrou na passarela do samba, no Rio de Janeiro, cantando o refrão desse samba-enredo, no carnaval de 1975, ninguém imaginava que Ayrton Senna , que aplaudia aqueles versos do camarote, também iria morar no infinito. Não iria virar constelação, mas se perpetuaria no firmamento. Hoje, quem olhar o céu do hemisfério norte, verá Ayrton Senna em forma de Estrela, brilhante e eterno como os astros.
Basta apontar um telescópio comum, de 10 centímetros de diâmetro, nas coordenadas de RA (ascensão reta) 6h53min55,43s, em D (declinação) de 37° 56’09.276, explicadas em qualquer observatório, que ele está lá, fulgurante dentro da Constelação de Auriga – cocheiro em grego — entre as de Andrômeda, Touro e Gêmeos, visível de dezembro a maio, meses em que a constelação boreal atinge o seu zênite.
Senna transformou-se na Estrela 5 2942-1502, (magnitude 10,7, 200 vezes menos brilhante do que a magnitude 0,5 que é o limite do olho humano) no catálogo internacional de astronomia. Um presente que a Internacional Star Registry foi buscar na galáxia para presentear a família do grande piloto. O ponto luminoso no firmamento que materializou a metáfora cunhada por aqueles que, como nós, enxergaram Ayrton Senna com luz própria e que agora resplandece num pódio onde nenhum outro astro da constelação da Fórmula 1 conseguiu chegar.
Lemyr
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